Silêncio pesado...
Numa semana, todos se insurgem e todos têm palavra; todos querem dizer o que pensam, até a quem gere a Universidade.
É triste que na semana seguinte essa vontade tenha desvanecido... Mais do que triste, é incompreensível! Ou será que a movimentação da semana passada até à secretaria não passou de um "arrastão", de um aproveitamento (inconsciente?) de uma situação de euforismo pontual?
Se os alunos insurgentes acreditam, de facto, nos valores que proferiram (e continuam a proferir) então que sejam coerentes e mantenham a postura; ou será que só enfrentam touros quando estão do outro lado da paliçada?
Uns quantos toureiros no meio da praça, contra touros experientes, têm poucas hipóteses de conseguir pegá-los - por muito público que esteja nas bancadas a apoiá-los. O mais certo é levarem umas valentes cornadas e serem arrastados pelo chão.
Mas se todos os espectadores entrarem na praça, os touros não têm hipótese - vão ter de amansar!
Os alunos têm poder efectivo sobre a administração da Universidade!
Têm é de ter vontade e coragem e "entrar na praça" para lutar pelos seus direitos, porque é mesmo disso que se trata: da usurpação flagrante dos nossos direitos!
Vêmo-los serem diariamente espezinhados, enquanto se riem de nós! Vamos a deixá-los continuar?